tag:blogger.com,1999:blog-9796625851778542292024-02-20T11:29:10.143-03:00Mundo FálicoPaola Bulbehttp://www.blogger.com/profile/05943619915171392349noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-979662585177854229.post-44869081415691021362010-02-04T18:37:00.007-02:002010-02-09T12:19:47.901-02:00Eu na Cova dos Leões<div style="text-align: justify;">Sempre é bom sair do psiquiatra. Ele pediu que eu procurasse ouvir músicas que gostasse para afastar aqueles pensamentos.<br /><br />Decidi ir malhar. Assim posso espantar do corpo a angústia ao mesmo tempo.<br /><br />No mp3, Legião Urbana, o timbre mais-que-perfeito:<br /><span style="font-style: italic;">Aquele gosto amargo do teu corpo ficou na minha boca por mais tempo de amargo então salgado ficou doce...</span><br /><br />A letra foi engrossando nas camadas do cérebro:<br />felação,<br />sexo oral,<br />boquete,<br />blowjob,<br />bolagato.<br /><br />Tenho a mente pervertida, constato. Renato segue dissonante:<br /><br /><span style="font-style: italic;">Teu corpo é meu espelho e em ti navego...</span><br /><br />É androcentrismo, do puro. Era um caso dele, só isso. Afinal, ele jura segredo na letra.<br /><br />Não é misoginia.<br /><br />Algumas distinções existem para que eu viva melhor: por exemplo gostar muito mais de homens que de mulheres não é o mesmo que odiar.<br /><br />Nem todas as canções gay têm ódio às mulheres embutido. São letras que simplesmente desconsideram nossa existência, mero desvalor.<br /><br />Não, não há terrorismo. Renato Russo é um gay genuíno. Muito diferente dos neogays fabricados pela mídia. O marketing fabrica isso para vender mais, é óbvio. O neogay é mais que dragqueen: compra mais que duas mulheres juntas.<br /><br />Gay verdadeiro é gay antes que achassem bonito. Antes de achar chique ter franja. Antes da moda hetero+homo= hemo. Renato Russo é um gay roots. Não faz apologia, não tem medo das mulheres, não traz mensagens embutidas, dissimuladas tipo o Jacko.<br /><br />Tenho pavor de manipulação. Franqueza, por outro lado, a-do-ro.<br /><br /></div><br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="color: rgb(255, 102, 102);font-size:130%;" >Daniel na Cova dos Leões</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Aquele gosto amargo do teu corpo</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Ficou na minha boca por mais tempo</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">De amargo então salgado ficou doce,</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Assim que o teu cheiro forte e lento</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Fez casa nos meus braços e ainda leve</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Forte, cego e tenso fez saber</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Que ainda era muito e muito pouco.</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Faço nosso o meu segredo mais sincero</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">E desafio o instinto dissonante.</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">A insegurança não me ataca quando erro</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">E o teu momento passa a ser o meu instante.</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">E o teu medo de ter medo de ter medo</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Não faz da minha força confusão</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Teu corpo é meu espelho e em ti navego</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">E eu sei que a tua correnteza não tem direção.</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Mas, tão certo quanto o erro de ser barco</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">A motor e insistir em usar os remos,</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">É o mal que a água faz quando se afoga</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">E o salva-vidas não está lá porque</span><br /><span style="color: rgb(255, 102, 102);">Não vemos</span><br /></div><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/xSZh1lSAWyM&rel=0&color1=0xffffff&color2=0xffffff&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/xSZh1lSAWyM&rel=0&color1=0xffffff&color2=0xffffff&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="425" height="344"></embed></object>Paola Bulbehttp://www.blogger.com/profile/05943619915171392349noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-979662585177854229.post-17671885445747940532010-02-01T14:59:00.007-02:002010-02-03T22:12:11.062-02:00Cara-de-pau<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.abinam.com.br/sites/arquivos/uploads/29.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 236px; height: 219px;" src="http://www.abinam.com.br/sites/arquivos/uploads/29.jpg" alt="" border="0" /></a>O calor na cidade está terrível.<br /><br />Eu não costumo me queixar do clima porque acredito que isso faz com que eu me sinta ainda pior.<br /><br />O que posso fazer a respeito, simplesmente faço: ar condicionado onde trabalho, ventiladores sempre que possível, roupas frescas, comidas leves, piscina o quanto antes e, é claro, muito líquido.<br /><br />Procuro beber água, mais que qualquer outro refresco. Evito refrigerantes, uso sucos de fruta sem açúcar.<br /><br />Portanto, em um dia como o de hoje, a cada esquina, paro. Busco um banheiro ou uma geladeira. É o movimento padrão para reequilíbrio da homeostase.<br /><br />Num desses passeios ao refrigerador, alcanço a água Ouro Fino. Flavorizada com maçã. Não enxergo o quanto é fálica instantaneamente.<br /><br />Depois de perceber, eu procuro disfarçar. Eu tento fugir das minhas ilusões. Acredito em meu psiquiatra, desde que me lançou o petardo da "inveja do pênis", eu me policio.<br /><br />Mas, em casos como o de hoje, não tenho por onde escapar. A embalagem da água foi dominando meus sentidos.<br /><br />Dizia mentalmente "não é um pênis, não é um pênis".<br /><br />Mas a tampinha cônica, o corpo em tubo com sulcos e a cor restrita ao topo foram mortais. Meu delírio é impaciente: já estavam tecidas conjunturas e provas no pensamento.<br /><br />"Eu não posso estar errada desta vez".<br /><br />Sempre que penso o mantra da verdade, sei que é tarde.<br /><br />Venho escrever para tentar me aliviar da culpa de ter visto um pênis de novo ou de imaginar a perseguição que este modelo faz. Tento arrazoar minha mania.<br /><br />Não tenho sucesso.<br /><br />Termino mais convencida que antes de que a Ouro Fino integra a conspiração fálica mundial que pretende exterminar as mulheres dos cargos de chefia.<br /><br />Imagino qualquer uma de nós empunhando este formato de garrafa d´água no meio de uma reunião: será o fim do respeito às nossas ordens. Ao baixar o tubo da boca, que moral restará para chefiar um grupo de homens?<br /><br />E entre eles, já pensou?<br /><br />"Quer um gole?"<br /><br />Oferece ao amigo. Que cena trágica!<br /><br />Procure a Ouro Fino pelas gôndulas e mande sua opinião. Estou sedenta de novas visões.<br /><br />Até,<br />Paola.</div>Paola Bulbehttp://www.blogger.com/profile/05943619915171392349noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-979662585177854229.post-88228140251065546602010-01-28T17:57:00.027-02:002010-02-03T11:44:23.484-02:00Até tu, Michael?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:CtQ7E56GYBzOXM:http://mardehistorias.files.wordpress.com/2009/06/michael-jackson.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 94px; height: 119px;" src="http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:CtQ7E56GYBzOXM:http://mardehistorias.files.wordpress.com/2009/06/michael-jackson.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Michael Jackson fez mais sucesso do que qualquer um poderia imaginar. Quando surgiu, o menino quase tímido com voz de Farinelli contemporâneo, não ameaçava David Bowie.<br /><br />Mas cinco de seus álbuns de estúdio se tornaram os mais vendidos no mundo em todos os tempos: <span style="font-style: italic;">Off the Wall </span>(1979), <span style="font-style: italic;">Thriller </span>(1982), <span style="font-style: italic;">Bad</span> (1987), <span style="font-style: italic;">Dangerous</span> (1991) e <span style="font-style: italic;">HIStory</span> (1995).<br /><br />Eu adorava o Michael. Principalmente na fase médio-branco, meio malvado. Achava glorioso o homem dançar daquele jeito.<br /><br />Foi numa tarde de televisão em que eu me perguntei: qual será o segredo de tanto sucesso? Ser rei do pop não pode ser somente um acaso.<br /><br />Observei com mais cuidado enquanto assistia <span style="font-style: italic;">o </span>videoclip de <span style="font-style: italic;">Beat It</span>.<br /><br />Subitamente apareceu para mim. De início, achei que estava implicando, como sempre. Mas os indícios eram fortes demais.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMAK7ueNfGgbmQVW4tU-0_vyToD3SkE5XU_5QOmPMOyQPDTnjdVSf-0JUiR0uc-UmACD3CBhPBJrhRd9WOc2-bsBj9-sbp_yYlL7Jn2JagiRIFl22FCN-9hLtqWyVn-KzB3JSzzkWQhLc/s1600-h/beat5.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMAK7ueNfGgbmQVW4tU-0_vyToD3SkE5XU_5QOmPMOyQPDTnjdVSf-0JUiR0uc-UmACD3CBhPBJrhRd9WOc2-bsBj9-sbp_yYlL7Jn2JagiRIFl22FCN-9hLtqWyVn-KzB3JSzzkWQhLc/s200/beat5.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431885534318339730" border="0" /></a>Um movimento se destacava: feito com os membros superiores. Ele desenrolava a mão direita para frente e para trás, um vai e vem na altura dos quadris. Pisquei duas vezes. Era uma punheta imaginária!<br /><br />Meditei: será este o real <span style="font-style: italic;">Beat It</span> que ele está cantando? O movimento subliminar fui percebendo ao longo de todo o filme.<br />Fiquei em choque! Arrasada com o astro.<br /><br />Mas reuni coragem e fui em frente. Na verdade, fui para trás. <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSffsOMCjE9tMcurRj2JSwELg_5UXHG3sS4IA3Rgpa0DQAtE_coo5wKqj-Pj1baScItqEHOOHpQd0MwEyw0NDb_Ho-55ZDw5ddN0FIoOVManr1AzNWnl9FS-P8ZD_ITuunJXwnDOyOC1k/s1600-h/beat1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 112px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSffsOMCjE9tMcurRj2JSwELg_5UXHG3sS4IA3Rgpa0DQAtE_coo5wKqj-Pj1baScItqEHOOHpQd0MwEyw0NDb_Ho-55ZDw5ddN0FIoOVManr1AzNWnl9FS-P8ZD_ITuunJXwnDOyOC1k/s200/beat1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431885711549542642" border="0" /></a>Voltei o clipe. Fui juntando as peças.<br /><br />No corredor, por exemplo, logo no início, quando sai do quarto em que está só, ele se põe de lado e arruma o tronco convexamente, postando o punho fechado na altura dos genitais.<br /><br />Algumas cenas depois, em uma sala de supostas mesas de bilhar, <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpXqeUF_5k2CrNJXj4zRstLF881mG4otWNvdQAo-VA6iEH980Tid3pawIlfQnrndzMdg7c01NI2hssyPaeK2Q8BdqZEtDJ2wQdC8UxLoPL5GLsiBlNzlSMHeM3T1ozW5KYod3jWMeij6o/s1600-h/beat2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 148px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpXqeUF_5k2CrNJXj4zRstLF881mG4otWNvdQAo-VA6iEH980Tid3pawIlfQnrndzMdg7c01NI2hssyPaeK2Q8BdqZEtDJ2wQdC8UxLoPL5GLsiBlNzlSMHeM3T1ozW5KYod3jWMeij6o/s200/beat2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431885709459174274" border="0" /></a>ele respira ofegante com a boca aberta em "ó" em frente à câmera.<br /><br />Aí, aconteceu: eu vi. O mais importante, o detalhe disfarçado, a dica sinuosa do roteiro. As mesas de sinuca não tinham caçapas!<br /><br />Não havia como meter no buraco do jogo, nem marcar pontos, nem nada. Apenas espaço amplo dedicado aos tacos e às bolas.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGpQBH3uYN94pDDN7QW_8XEVMaBA63Mho4gNBqI66nkyTH4zyuFjJJsjSEQYjqmjdCqmek3JErvlcnduEwFX6SMLFZNWQixQ9erGK4VHZXuUpphTFzxFeVlXYlVscXMy-j-W8X0uwkVM8/s1600-h/beat3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 143px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGpQBH3uYN94pDDN7QW_8XEVMaBA63Mho4gNBqI66nkyTH4zyuFjJJsjSEQYjqmjdCqmek3JErvlcnduEwFX6SMLFZNWQixQ9erGK4VHZXuUpphTFzxFeVlXYlVscXMy-j-W8X0uwkVM8/s200/beat3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431885704469135026" border="0" /></a>Como se isso não fosse o suficiente para passar o recado misógino, a sequência apresentava dois homens coreografando uma briga com facas dentro de uma roda de machos: cada um com a sua apontada para o outro.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgeHU9sOwBniAGJ7oO7hAKMBPSZOvDEL0beHpzXg5khMmZHVF-JaPRrEXunBlttHnIFy4iYpibDKq4bdsg7zkxN6kCctP7bqo1uxZx9u5ZrUY7xCUnad1LP7PW1ZS0r8CLoL6pUxk9IfY/s1600-h/beat7.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 148px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgeHU9sOwBniAGJ7oO7hAKMBPSZOvDEL0beHpzXg5khMmZHVF-JaPRrEXunBlttHnIFy4iYpibDKq4bdsg7zkxN6kCctP7bqo1uxZx9u5ZrUY7xCUnad1LP7PW1ZS0r8CLoL6pUxk9IfY/s200/beat7.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431885412613260386" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBQvCRL9pXZ7ryL7d18S_MBdrZ-0yvKCixdLFpT80PoDwqh-DaMTmbPdXFa74TSeCZAPqX3heCSFNKjJPmlv9XNn0c3c9VQncb7YKaAXFkPgtbKZM2Mm6jGLubAyXKvUgDVxFBG6jHqQ0/s1600-h/beat6.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBQvCRL9pXZ7ryL7d18S_MBdrZ-0yvKCixdLFpT80PoDwqh-DaMTmbPdXFa74TSeCZAPqX3heCSFNKjJPmlv9XNn0c3c9VQncb7YKaAXFkPgtbKZM2Mm6jGLubAyXKvUgDVxFBG6jHqQ0/s200/beat6.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431885478830951506" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">Na apoteose da música, todos dançavam juntos, em posição estratégica.<br />Faziam o <span style="font-style: italic;">pêndulo manual, </span>aquele sagrado vai-e-vem com o punho direito. A seguir estendiam a mão e, devido à marcação no palco, alcançavam a altura da genitália dos colegas na diagonal.<br /></div><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzQHky5a5Uxw87bcWM5jG4E-fvJLi380MlaakxN9Z1U8OLlEslne8Ptxq9GyDfaa1sHuQMsZMbqIe3nKbSpig5QDDr-alNpAmKOa8g_xsxiS00AOzyBCkr1P6o9OgGQuq3ZqDgAzXHmdE/s1600-h/beat8.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzQHky5a5Uxw87bcWM5jG4E-fvJLi380MlaakxN9Z1U8OLlEslne8Ptxq9GyDfaa1sHuQMsZMbqIe3nKbSpig5QDDr-alNpAmKOa8g_xsxiS00AOzyBCkr1P6o9OgGQuq3ZqDgAzXHmdE/s200/beat8.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431885328378655906" border="0" /></a>No plano do filme, pareciam alcançar um ao pau do outro, como se fossem cirandar.<br /><br />Que triste descobrir que <span style="font-style: italic;">Beat It</span> era um hino de subversão subliminar. Vendeu absurdos! Todo mundo tinha o <span style="font-style: italic;">Thriller</span>.<br /><br />Talvez eu esteja enganada, talvez seja minha fixação peniana agindo como uma lente maléfica que distorceu meu ex-astro favorito.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp3FxlzzqitT9KCZkRhtpOOQWT9-xQHe1hUAaXYwD3LXdBUsVzOvw2jM65EfZN_0PUkyTygdbzT27VnQbgxnlsmqX24AGOLpWabEEeKUVSpOpd4cFbf95cuFrBUwqjFzPjHEF2qfKQx4M/s1600-h/beat9.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp3FxlzzqitT9KCZkRhtpOOQWT9-xQHe1hUAaXYwD3LXdBUsVzOvw2jM65EfZN_0PUkyTygdbzT27VnQbgxnlsmqX24AGOLpWabEEeKUVSpOpd4cFbf95cuFrBUwqjFzPjHEF2qfKQx4M/s200/beat9.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431885265732355890" border="0" /></a>Mas eu acho que não. Acredito que seja mais um dos influentes do século que, via mídia, fizeram-nos todos obcecados por um pau.<br /><br />Confira o vídeo e mande sua opinião.<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/WObfcDIf6lY&rel=0&color1=0xffffff&color2=0xffffff&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/WObfcDIf6lY&rel=0&color1=0xffffff&color2=0xffffff&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><br />Até,<br />Paola.<br /></div>Paola Bulbehttp://www.blogger.com/profile/05943619915171392349noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-979662585177854229.post-17615566588170423142010-01-21T19:10:00.011-02:002010-08-05T16:38:14.814-03:00Rexona Men V8<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.lojaslivia.com.br/Imagens/produtos/39/060739/060739_Ampliada.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 226px; height: 226px;" src="http://www.lojaslivia.com.br/Imagens/produtos/39/060739/060739_Ampliada.jpg" alt="" border="0" /></a>A primeira vez que me masturbei, foi com um Rexona. E naquele tempo eu nem enxergava minha atração pela forma: apenas estava à mão.<br /><div style="text-align: justify;"><br />O objeto não estava lá gratuitamente, fui olhando com cuidado: todo mundo usava. Será que o desodorante era tão bom assim?<br /><br />Andando pela gôndola do supermercado, enxerguei O Rexona Men V8. Aquilo era demais. A princípio tentei ver a Lamborghini, a cor amarela de carro esportivo, umas marcas imitando ventarolas de capô.<br /><br />Eu sempre desconfio quando vejo um pênis em algum objeto. Ouvi muitas vezes que exagero, que sou extra-perceptiva, que tenho fixações obsessivas. Enfim, louca.<br /><br />Mas o Rexona Men v8 passou dos limites.<br /><br />Que ventarolas na carenagem, que nada. Eram sulcos como veios penianos, oferecendo destaque à glande.<br /><br />E pior: no alto um furinho que despeja cheiro de homem. Eu não posso estar delirando, não pode ser. Esse desodorante é propositalmente nesse formato. Estou certa de que a modelagem é a responsável por tantas aquisições.<br /><br />Comecei a imaginar a cena: na academia, o cara exibindo o Rexona V8 antes de usar. Os amigos perguntando, tocando, emprestando um para o outro provar. Alçaram voo ao tubo mais que aos bíceps latejantes das flexões.<br /><br />Os parceiros não entenderam; acho que sequer vão perceber jamais. Mas compraram um Rexona o mais rápido possível.<br /><br />Será que foi por que o cosmético era tão bom assim? Lá homem sai comprando produtos de beleza só porque o colega apresentou?<br /><br />Não é estranho que sempre esqueçam o desodorante? Que peçam emprestado?<br /><br />Um bom vibrador custa quase dez vezes o preço desse produto. Para uma pré-adolescente, foi uma maravilha discreta e acessível. Eu, na longínqua puberdade saquei por instinto, prestei atenção.<br /><br />O que aprendi é que há mais coisas entre o chuveiro e a pia que nossa vã filosofia imagina.<br /><br /></div>Paola Bulbehttp://www.blogger.com/profile/05943619915171392349noreply@blogger.com5